Linhas de crédito para a hotelaria

Editoria: Vininha F. Carvalho 04/11/2005

Dentre os diversos setores da economia, o turismo vem despontando como um dos principais fatores de desenvolvimento. Neste contexto, a hotelaria é um dos segmentos em todo o mundo com maior capacidade de gerar de mão-de-obra.

Mesmo reconhecendo que o Brasil ainda engatinha nesta potencialidade, que é a indústria do turismo, temos que reconhecer os avanços alcançados nos últimos tempos, e neste particular, a hotelaria tem feito um esforço muito grande para fazer com que todas as esferas do governo tomem consciência da importância da cadeia produtiva do turismo dentro da economia.

Neste aspecto, temos alguns desafios ainda a alcançar e um deles diz respeito a um programa de municipalização dos impostos de forma a beneficiar o desenvolvimento regional.

Na criação de novas oportunidades de emprego, os cálculos existentes lembram que para cada apartamento construído dentro do setor hoteleiro se gera pelo menos um emprego direto e outros quatros empregos indiretos na economia.

Este processo de conscientização das autoridades da importância da nossa atividade é sem sombra de dúvidas um dos pontos mais complexos para serem viabilizados dentro da expansão do setor hoteleiro. Se por um lado somos geradores de mão-de-obra, por outro lado necessitamos de linhas de financiamento para viabilizar novos empreendimentos compatíveis com a nossa atividade.

Infelizmente a hotelaria como um todo não conta sequer com programas de amortização a curto prazo, ou seja, nada se faz com expectativa de retorno imediato. Os retornos para os investimentos em nosso setor são a médio e longo prazo com um prazo mínimo de sete anos.

Infelizmente no Brasil não existem linhas de financiamento para atender de forma adequada às necessidade do nosso segmento e temos de reconhecer que esta é de fato uma das grandes dificuldades e anseios da nossa categoria.

Na conjuntura atual da economia adotada pelos bancos e agentes financeiros este procedimento de linhas de financiamento dificilmente é realizado sem entraves e burocracia, além dos juros altos.

Precisamos sim de programas por parte dos agentes financeiros com linhas de crédito com condições mais acessíveis. Ao mesmo tempo, a hotelaria do Rio tem pela frente o desafio do Pan, em julho de 2007, um evento que por si só requer uma atenção especial, pois poderá gerar uma imagem muito positiva para a cidade aos olhos do mundo.

Fonte: Paulo Bezerra de Mello é presidente do grupo Othon

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